Continuando com o especial do show em homenagem a Chester, feito pela revista Kerrang! Oliver Sykes da banda Bring Me The Horizon concedeu uma entrevista falando da influência de Linkin Park e de Chester na sua vida. Confiram a tradução.
“Eu conheci o Chester em 2014 nos Estados Unidos. Foi uma sessão de fotos para a capa da Kerrang! e eu estava tão nervoso. Eu não sabia se ficava de boa ou não. Eu fui pela segunda opção e ele foi muito legal comigo.
“Nós fizemos perguntas sobre muitas coisas um ao outro. Nós estávamos na Warped Tour na época e ele me perguntou como eu conseguia cantar nos shows todas as noites por seis ou oito semanas sem perder a voz. Eu falei que o Linkin Park foi a primeira banda que eu vi ao vivo e o motivo de eu querer estar em uma. Ele pareceu ficar surpreendido quando eu falei o quanto ele me influenciou. Ele pareceu apreciar e ficar honrado por isso. Ele foi muito legal, muito genuíno e muito calmo. Como muitas coisas na minha vida, se eu pudesse voltar no tempo e dizer ao meu eu com 14 anos que isso iria acontecer, eu não teria acreditado.
“Eu me lembro de uma edição da Kerrang! que tem o meu olho e um pedaço da minha cabeça no fundo de uma foto de um show do Linkin Park que eu fui. Quando eu me vi naquela revista eu chorei muito, porque achei muito incrível, se alguém tivesse me pego e falado ‘Um dia você vai estar na capa da Kerrang! com o Chester’ eu teria surtado. É um daqueles momentos que faz você parar e olhar para tudo o que você já fez e apreciar o quanto conquistou.
“Eu deveria ter uns 13 anos quando ouvi Linkin Park pela primeira vez, e para ser honesto, a música nunca teve um papel tão importante na minha vida até esse momento. Então eu vi um vídeo do Linkin Park na Kerrang! TV e me fez pensar ‘Porra, isso é muito legal!’ Eu senti que a música estava falando comigo, as letras realmente ressoavam, e eles foram a banda que me jogaram nesse meio. Depois disso eu fui para o hardcore e metalcore, mas sempre acompanhava os novos álbuns deles.
“A voz de Chester foi uma grande inspiração para mim. Ele foi alguém que eu admirei. Ele foi a referencia, pois não acho tenha alguém que soe como ele. Ele foi um cantor icônico e singular. Eu acho que nunca houve e nem haverá alguém que soe como ele novamente. A mistura de melodia, o cativo e a agressão é algo que eu almejo para mim.
“Quando eu ouvi a notícia de que ele havia falecido eu estava em Los Angeles, não muito longe de onde aconteceu. De começo eu não acreditei, para ser honesto. Quando ficou claro que era real eu me senti estranho. Eu sei que ao longo dos anos perdemos grandes artistas, mas nenhum teve tanto impacto na minha vida como ele. Ele como vocalista e a banda são genuinamente responsáveis pela trajetória que eu escolhi. Perder alguém que você não conhece tão bem – obviamente eu o conheci, mas não podia chama-lo de amigo – é um sentimento estranho, eu sinto falta da sua presença, mesmo não o conhecendo tão bem. Eu acho que é importante termos o luto e lamentar pelo que todos nós perdemos.”