A Imprint Culture entrevistou Mike Shinoda em apenas 8 perguntas simples e diretas, com uma introdução excelente feita pelo entrevistador John Hall, Mike Shinoda fala sobre seu trabalho atual, como é o trabalho de um dia normal e de onde encontra inspiração. Confira a entrevista:
MIKE SHINODA: EU ACHO QUE EU SOU MAIS UM “CRIATIVO” AO INVÉS DE UM “MÚSICO”.
A menos que você passou a última década debaixo de uma rocha, Michael Kenji Shinoda dificilmente precisa de uma introdução. Mas no caso é improvável de que você não o conheça, ele é um músico de destaque, produtor, compositor e artista plástico de Los Angeles.
Ele é mais conhecido por seu trabalho com o vencedor de dois Grammys, multi platinada a banda de rock Linkin Park, que venderam mais de 50 milhões de álbuns em todo o mundo. A categoria “músico” solo atinge a versatilidade de Shinoda – formado em piano clássico, interessado em jazz, blues, hip-hop, ele é o principal escritor, pianista, guitarrista, rapper e um dos dois vocalistas do Linkin Park, e também estava no projeto paralelo Fort Minor rimando com uma variedade impressionante de colaboradores e produtores.
Ao perseguir sua carreira musical, Mike também estudou artes no Centro de Artes de Design em Pasadena, graduando-se em 1998 com um diploma em ilustração, o que explica seu interesse em se aproximar da arte com o colega de banda Joe Hahn em grande parte do trabalho visual do grupo. Shinoda também trabalhou com várias marcas como artista convidado, nomeadamente com a DC Shoes e Kidrobot, e também exibindo arte de primeira qualidade em várias galerias de artes em Los Angeles.
Em 2006, ele começou uma bolsa de estudos no Centro de Arte, fundada a partir do que coletava da sua galeria online. Relacionado a isso, Mike e seus companheiros de banda fundaram o Music For Relief, uma organização formada por músicos, profissionais da indústria da música, e os fãs, para apoiar doações contra desastres naturais e combater as alterações climáticas, e esteve envolvido nos esforços a apoio em todo o globo.
A banda e a organização foram premiados com o Prêmio de Liderança Global da ONU em 2011. Mike também é co-proprietário da SRS Haiti, uma empresa de reciclagem de plástico e espuma de poliestireno localizada em Porto Príncipe, Haiti. Ele deseja mesclar os interesses da sociedade e do meio ambiente com os seus talentos na publicidade e nas artes. Você pode acompanhar Mike no Twitter, Instagram e aprender mais no site do Linkin Park também.
No que está trabalhando atualmente?
“Eu estou me preparando para o lançamento do novo álbum do Linkin Park, no qual se chama Hunting Party será lançado em 17 de junho, aqui nos Estados Unidos; tenho uma turnê pela Europa que começa 30 de maio e continua nos EUA em agosto O álbum representa um novo desafio e queremos garantir que os nossos shows ao vivo sejam os melhores possíveis.”
Como você descreveria o seu trabalho?
“Eu acho que eu sou mais um “criativo” ao invés de um “músico”. Eu me mantenho constantemente pulando de projeto em projeto, geralmente em música ou artes visuais de qualquer tipo, pintando ou desenhando, eu vejo isso como um processo de “todo o cérebro”. É um termo que eu comecei a usar muito nas sessões de nosso último álbum, porque há um grande trabalho mútuo entre as partes criativas e lógicas do cérebro, para permitir que o cérebro crie um momento de desinibição sem lógica, e obtenha o melhor tempo possível para que o cérebro lógico organize tudo. Meu melhor trabalho é o equilíbrio entre a lógica, a atenção meticulosa aos detalhes, e elementos inesperados, selvagens e ilógicos”.
Como é um dia de trabalho normal para você?
“Neste momento, eu estou definitivamente em modo de música. Neste álbum me apresento usualmente às 11 horas ou meio-dia e fico até meia-noite, mais ou menos cinco dias por semana. Além de cantar e fazer rap, eu costumo tocar muitos instrumentos que usamos em nossas músicas, por isso a minha “rotina” na verdade tem muita variedade.”
Por outro lado, quando estamos em turnê, volto de um show às 2 da manhã, e eu me levanto às 10. Assim que almoço, vou ao ginásio, e talvez passo uma parte da manhã visitando partes locais, em seguida trabalho em algumas músicas no hotel ou no avião.”
Onde você encontra inspiração?
“Normalmente nas pessoas.”
Qual é a melhor parte de viver e trabalhar em Los Angeles?
“Eu cresci em Los Angeles, e apesar de ter viajado por toda parte, eu não consigo me ver deixando Los Angeles, eu adoro a diversidade, a comida, a música, a arte, e a capacidade de ir à praia ou neve em uma hora. Algumas pessoas falam sobre ficar entediado em sua cidade natal, nunca tive esse problema.”
Quando criança, o que você queria ser quando crescer?
“Eu queria ser um pintor, terminei me graduando em ilustração. Ainda pinto e desenho, mas quando se trata da arte do nosso álbum, costumo trabalhar com outros artistas que me inspiram e que possam capturar a essência da música. A arte de nosso novo álbum foi feito por James Jean e Brandon Parvini, por exemplo. Mas, ocasionalmente também levanto o pincel.”
O que você está lendo atualmente?
“The Big Sort de Bill Bishop.”
Qual é o seu lugar favorito para ir depois do trabalho?
“Eu realmente não tenho um, porque o meu “trabalho” realmente nunca para, pode ser onde esteja. Quase todo o tempo, e é muito desgastante. Mas meu trabalho é divertido com meus amigos, e eu posso decidir o que eu quero fazer. Estou muito grato por isso. É o melhor tipo de “trabalho” que você pode ter.”
Fonte: Imprint Culture
Felipe Silva
maio 28, 2014 -
Mike é um gênio, tudo que ele faz seja na musica ou na arte sempre é de extrema qualidade.