ESPN fez uma entrevista com o vocalista do Linkin Park, Mike Shinoda e conversaram sobre seu envolvimento com redes sociais, Music For Relief, planos para o Linkin Park e Jogos Olímpicos. Veja a tradução da entrevista abaixo:


A atleta olímpica Geena Gall, quarta da esquerda, conhece membros do Linkin Park em Detroit.

Mike Shinoda do Linkin Park ama o aspecto não-filtrado da mídia social.

Não admira que o rapper e compositor principal da banda de rock californiana está no Facebook, Twitter, Tumblr, Instagram, tem seu próprio site, seu site da banda e uma série de outras coisas.

E Shinoda sente, por causa da mídia social, que ele tem uma forte conexão com os Jogos Olímpicos de Londres e cresceu a conhecer melhor os atletas. Esse é o porque ele e a banda convidaram diversos atletas para sua turnê.

“Essas olimpíadas foram tão diferentes por causa do Twitter. Você tem a habilidade de entrar nas mentes dos atuais atletas e ter uma noção da sua personalidade,” disse Shinoda, que irá para Buenos Aires essa semana para a próxima parte de sua turnê mundial. “Fiquei realmente impressionado pela forma como você obtem uma melhor compreensão do que eles realmente são em mídias sociais e não em uma entrevista de TV.”

Playbook esteve poucos minutos com Mike Shinoda para falar sobre mídias sociais, a turnê e o que aguarda no futuro do Linkin Park.

O que você quer dizer quando fala que mídias sociais oferecem melhores acessos aos atletas?

“Em uma entrevista, os atletas estão em modo de trabalho. Eles sabem que as câmeras estão sobre eles. Suas mães estarão assistindo. Eles têm que “editarem” a si mesmos. Mas quando se trata de mídias sociais, eles não precisam se censurarem. Eu sinto que com a mídia social e cobertura ao vivo da TV, você tem uma seção transversal agradável do que está acontecendo com aquelas pessoas.”

Então é por isso que você queria convidá-los para seus shows?

“Eu estava assistindo a ginasta Gabby Douglas, e eles estavam falando um pouco na TV de sua educação. Eu achava que ela era uma pessoa interessante. Eu pensei que seria ótimo encontrá-los. Me ocorreu que alguns desses atletas podem ser Linkin Park fans. Eu queria estender um presente ou gesto amigável para parabenizá-los por nos representar. Eles trabalharam bastante para chegar onde estão. Foi divertido encontrá-los.”


Chester Bennington do Linkin Park encontra com tenista olímpica Victoria Azarenka.

Você ama a conexão com seus fãs, e você tem feito isso há muito tempo. É como se você estivesse no mesmo nível que eles.

“Todos temos modos diferentes de comunicação que nos sentimos confortáveis. Eu acho que pessoas que estão menos familiarizadas com a banda não percebem o quão profunda é a cultura que temos. Nós não somos somente uma banda e pessoas que escutam a banda. Isso é uma cultura. É muito fluido e transparente. Quando se trata a novas tecnologias ou novos modos de comunicação ou até um novo aplicativo, a banda e nossos fãs tentamos. Nós conversamos sobre isso e temos muitas opiniões para elas. Não entramos no Twitter incialmente porque começou toda essa cultura pop sobre o que as pessoas estavam comendo e o que elas estavam fazendo. Nossa comunidade não é assim. Nós esperamos até o Twitter mudar porque nós temos uma conexão profunda como nossos fãs.”

Como você encontra tempo para fazer isso?

“Não é uma tarefa árdua. Nós nem sequer tentamos. Isso é parte de nossas vidas. Eu não abordei o Twitter de forma diferente do que um dos fãs faria. Quando você tiver um momento, às vezes você verifica e às vezes você le e às vezes você posta. Assim que que funciona para mim. A banda é assim: dois de nós (Mike Shinoda e Dave Farrell) postam regularmente. Dois de nós (Chester Bennington e Joe Hahn) raramente postam. E dois (Rob Bourdon e Brad Delson) nem sequer tem contas. Assim que funciona conosco.”

Vocês estão ficando prontos para a próxima etapa da turnê mundial. Esse CD “LIVING THINGS” tem grandes hits. Assim, parece que as coisas estão indo bem.

“O impulso para a nossa felicidade é finalmente terminar um álbum que é motivo de orgulho. É mais sobre ser feliz com a música que nós escrevemos e gravamos. Nós não poderiamos lança-lo ao moenos que nos sentissemos felizes sobre isso. Nós sabemos muito bem o quanto de trabalho vamos ter para ajudar o álbum. Sabemos que não devemos sair de um estúdio até que seja feito algo que ama.”

E a sua banda tem uma forte consciência social. Onde é que isso veio?

“É realmente o que veio primeiro a galinha ou o ovo. Nós não estamos lá fora dizendo a todos para fazerem coisas. Eles não estão apenas seguindo o nosso exemplo. É a cultura jovem de hoje protengendo o planeta e o meio ambiente e ser respeitoso com o outro em um âmbito mundial.”


Dave Farrell, no centro, do Linkin Park conhece a campeã de remo olímpica Susan Francia e um amigo.

Quais projetos a banda está envolvida?

“Agora, estamos focados no Music for Relief, que foi fundado na metade da década dos anos 2000. Originalmente, é uma organização estabelecida para prover ajuda a vítimas de desastres naturais. Agora percebemos que os desastres naturais são, indiscutivelmente, sendo causados por mudanças climáticas e ambientais. Nós decidimos ser ativos para prevenir o fim. Outra é o Power the World, procurando ajudar o mundo a ter acesso a energia sustentável. Essas são todas as questões que a base de fãs do Linkin Park podem ajudar.”

Isso é uma responsabilidade muito grande e você ainda está planejando fazer mais música.

“Nós não temos uma data para iniciar ou parar. Nosso foco atual é divulgar o álbum e escrever mais música enquanto nós estamos entre turnês.”

Se você não estivesse na música, você estaria trabalhando em mídias sociais ou causas sociais?

“Eu teria adorado fazer algo nesses campos. Eu não sei como o meu conjunto de habilidades combinariam. Minhas habilidades são em design gráfico e ilustração. Mas agora a minha prioridade é a música.”

Fonte: ESPN