O Artist Direct publicou uma entrevista de Mike Shinoda falando sobre seu trabalho no filme The Raid, o filme indonésio no qual ele fará o trilha musical, Music for Relief, músicas, filmes, etc. Veja abaixo a entrevista:
Mike Shinoda do Linkin Park nunca para.
Ele constantemente está envolvido e imerso musicalmente em novos desafios. Como um artista, ele personifica a palavra “progresso”. Seu último compromisso é a trilha sonora do poderoso e comovente filme de ação para a Indonésia, The Raid. Shinoda compôs a música para o filme, combinando a ação com um equilibrio enérgico e sonoro em contrapartida.
Quando está fazendo a trilha sonora de The Raid, fez os personagens ou o enredo exercer uma maior influência na música? Como fez para eles terem impacto em suas escolhas?
Eu tentei pegar tudo de uma vez e representei. Isso é realmente uma coisa que é marcante sobre este filme. Ele realmente tem tanto enredo e personagens, não apenas a ação! Eu queria fazer isso para o cinema há muito tempo, mas eu nunca tive desejo de realmente puxar o gatilho… até ver The Raid. Havia algo sobre o olhar e a ação deste filme que eu me senti inspirado, quase como escrever música para a coreografia que já foi definida. A luta e a ação no filme são como uma dança-ainda que desagradável, sangrenta!
Ao trabalhar junto com imagens, foi mais fácil para apontar momentos certos para fazer a música ser mais dramática?
Eu quero dar as pessoas um grande, moderno e memorável som. No mesmo tempo, eu tentei encontrar um bom balanço entre os momentos quando a música toca ajudando um personagem e desaparecer ao fundo, contra o momento quando a música pula na frente. Especialmente nas cenas de luta. Eu queria que essas cenas fossem visualmente e musicalmente fortes.
Será que escrever uma trilha sonora vem de um lugar diferente e criativo do que escrever uma música? Como a trilha sonora do filme que você está trabalhando com as artes existentes, enquanto que em uma música começa com você.
Absolutamente! Escrever uma música, para mim, é contar uma história pessoal que foi marcante, pegando palavras e música. No filme, a maioria do esforço é o de apoiar o que já está acontecendo, sem distração. Muitas vezes, as técnicas que eu poderia usar para criar um “gancho” iria realmente tirar de uma cena. Eles seriam muito perturbadores, e você perderia o que está acontecendo na história. Eu cometi este erro algumas vezes no começo, tentei encaixar a imagem, enquanto trabalhava em The Raid!
A ação é incrível no filme. Fez o que foi preciso para ganhar mais rápidez no tempo da música?
Claro, mas o filme precisava de uma tonelada de música, mais de 50 minutos dele, o que significa que não podíamos apenas acelerar a música o tempo todo. Seria cansativo e unidimensional. Então eu tive que encontrar maneiras de fazer as engrenagens mudarem na trilha, acompanhando e transformando com a ação para mantê-lo interessante.
Você chegou a tentar qualquer coisa musicalmente na trilha que você nunca tinha feito antes em termos de instrumentação ou de produção?
Uma das coisas que eu decidi fazer no começo foi essencialmente abandonar o uso de guitarras elétricas na trilha sonora. Guitarras parecia levá-la em uma direção a qual não se encaixa no filme. Mas tem momentos que a trilha procura ser mais pesada, então eu fiz minha própria distorção e sons melódicos. Eu também pedi ajuda de Joe Trapanese, que fez parceria com o Daft Punk em Tron: Legacy.
O que falou mais a você sobre The Raid? Você cresceu vendo um monte de filmes de ação?
O primeiro filme que eu vi foi provavelmente The Terminator(O Exterminador do Futuro), Commando(Comando para Matar), e Rambo. Essa era foi muito divertida, quando eu era criança. Eu não tenho idéia do que a música era naqueles filmes, chegar a pensar nisso … Eu estava definitivamente apenas observando a ação!
O que vem a seguir com o Music For Relief?
Nós ainda estamos trabalhando no Haiti e Japão, ajudando com esforços de reconstrução dos dois países. Nós recentemente fizemos uma apresentação pequena num lugar que tocamos um pouco mais que 5 anos para ajudar o Japão. Fãs contribuiram com $350,000 para a causa, e quem ajudou ganhou ingresso para o show. Então, quand nós fomos para o Japão na turnê, nós visitamos algumas escolas afetadas pelas tsunamis onde o dinheiro ajudou para comprar suplementos para as crianças. Isso foi incrível, uma grande experiência. Você pode ver os vídeos e histórias sobre isso no MusicForRelief.org.
Você começaram a escrever para o próximo álbum do Linkin Park? The Raid inspirou no processo?
Nós sempre estamos compondo. Eu não tenho certeza de como minha participação em The Raid pode afetar no próximo álbum… nós temos que esperar e ver. Acredito que, essa espera não vai ser tão longa.
Fonte: Artist Direct