NME postou um artigo onde Mike diz sobre as influências em A Thousand Suns, e sobre onde saiu as inspirações para as novas músicas. Confira abaixo:
Linkin Park admite que tem uma forte influência de Public Enemy no seu quarto álbum, ‘A Thousand Suns’.
Co-produtor e vocalista Mike Shinoda, onde suas primeiras apresentações foram com veteranos do rap e Anthrax no mesmo palco, disse a NME que procurou no álbum ter uma visão tri-dimensional como seus ídolos do rap.
“Eu referenciei eles na música ‘Wretches And Kings’, onde é uma homenagem ao rapper Chuck D,” ele disse. “Provavelmente é uma das músicas com mais elementos hip-hop e uma das mais agressivas, mas parece nada do que eu já tivesse ouvido antes.”
“Public Enemy foi muito tri-dimensional com suas gravações porque embora eles aparentam ser políticos, há um monte de outras coisas acontecendo lá dentro também. Isso me faz pensar o quão tri-dimensional eu queria nas nossas gravações sem imitar eles, e mostrar onde nós temos criatividade..”
Como nossos ídolos do rap, Linkin Park ainda deixou sutilmente suas mensagens políticas divididas em várias músicas, colocando-as em samples.
“(Nessa música) nós usamos um sample de Mario Savio, que foi um trabalhador de direitos ativistas que falava sobre as pessoas que eram reprimidas por seus encarregados nos anos 60,” ele disse.
E adicionou: “Há também uma frase de Robert Oppenheimer que foi o pai da bomba atômica durante a segunda guerra mundial, na música ‘Burning In The Skies’, e a fala de Martin Luther King Jr em ‘Iridescent’, onde ele fala sobre a conexão entre seus sentimentos no Vietnã e os direitos dos afrodescendentes americanos.”
“Eu senti que em todos esses três casos, essas falas quando você ouvirem elas , ressoem em uma maneira diferente de onde eles foram feitos primeiramente. Mas elas se aplicam nas coisas que são feitas hoje em dia.”
A gravação ainda tem a participação do legendário produtor Rick Rubin, que fez suas origens se tornarem menos presentes..
“Essas músicas não são um chute nos seus dentes,” Shinoda argumentou. “Sempre que nós fizermos algo que soa como diferente do que fizemos até hoje nós sentimos preguiça e terminavamos. No fim nós queremos algo que explore um espaço diferente para nós. Esperamos surpreender as pessoas.”
O cantor ainda revela um de seus elementos chaves nessa experiência que veio de cortesia de Rubin, onde explorou sua “escrita automática”.
“Nós fomos tendo uns problemas com o vocal e as letras da música ‘Blackout’, então nós pedimos ao Rick um conselho,” Shinoda explicou.
Ele adicionou: “Ele sugeriou sua técnica que ele usou com Johnny Cash e Neil Young, que basicamente significa levantar o microfone e deixar as palavras fluírem. Fizemos isso e em primeiro momento foi terrível mas então as palavras começaram a sair de algum lugar, e isso foi realmente surreal. Isso adicionou uma certa alma a nossa gravação e sem isso, eu penso que teriamos feito algo bem rígido e digital”
Fonte: NME